A moral, a religião e a arte em Aristóteles

A MORAL
1.       Aristóteles trata da moral em três Éticas, de que se falou quando das obras dele. Consoante sua doutrina metafísica fundamental, todo ser tende necessariamente à realização da sua natureza, à atualização plena da sua forma: e nisto está o seu fim, o seu bem, a sua felicidade, e, por consequência, a sua lei. Visto ser a razão a essência característica do homem, realiza ele a sua natureza vivendo racionalmente e senso disto consciente. E assim consegue ele a felicidade e a virtude, isto é, consegue a felicidade mediante a virtude, que é precisamente uma atividade conforme à razão, isto é, uma atividade que pressupõe o conhecimento racional. Logo, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta é necessária a razão. A característica fundamental da moral aristotélica é, portanto, o racionalismo, visto ser a virtude ação consciente segundo a razão, que exige o conhecimento absoluto, metafísico, da natureza e do universo, natureza segundo a qual e na qual o homem deve operar.
2.       As virtudes éticas, morais, não são mera atividade racional, como as virtudes intelectuais, teoréticas; mas implicam, por natureza, um elemento sentimental, afetivo, passional, que deve ser governado pela razão, e não pode, todavia, ser completamente resolvido na razão. A razão aristotélica governa, domina as paixões, não as aniquila e destrói, como queria o ascetismo platônico. A virtude ética não é, pois, razão pura, mas uma aplicação da razão; não é unicamente ciência, mas uma ação com ciência.
3.       Uma doutrina aristotélica a respeito da virtude doutrina que teve muita doutrina prática, popular, embora se apresente especulativamente assaz discutível é aquela pela qual a virtude é precisamente concebida como um justo meio entre dois extremos, isto é, entre duas paixões opostas: porquanto o sentido poderia esmagar a razão ou não lhe dar forças suficientes. Naturalmente, este justo meio, na ação de um homem, não é abstrato, igual para todos e sempre; mas concreto, relativo a cada qual, e variável conforme as circunstâncias, as diversas paixões predominantes dos vários indivíduos.
4.       Pelo que diz respeito à virtude, tem, ao contrário, certamente, maior valor outra doutrina aristotélica: precisamente a da virtude concebida como hábito racional. Se a virtude é, fundamentalmente, uma atividade segundo a razão, mais precisamente é ela um hábito segundo a razão, um costume moral, uma disposição constante, reta, da vontade, isto é, a virtude não é inata, como não é inata a ciência; mas adquirir-se mediante a ação, a prática, o exercício e, uma vez adquirida, estabiliza-se, mecaniza-se; torna-se quase uma segunda natureza e, logo, torna-se de fácil execução - como o vício.
5.       Como já foi mencionado, Aristóteles distingue duas categorias fundamentais de virtudes: as éticas, que constituem propriamente o objeto da moral, e as dianoéticas, que a transcendem. É uma distinção e uma hierarquia, que têm uma importância essencial em relação a toda a filosofia e especialmente à moral. As virtudes intelectuais, teoréticas, contemplativas, são superiores às virtudes éticas, práticas, ativas. Noutras palavras, Aristóteles sustenta o primado do conhecimento, do intelecto, da filosofia, sobre a ação, a vontade, a política.
A RELIGIÃO E A ARTE
6.       Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este Deus, pelo seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa, não está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes ideias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem e não podem ter função religiosa e sem física.
7.       Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles admite a religião positiva do povo, até sem correção alguma. Explica e justifica a religião positiva, tradicional, mítica, como obra política para moralizar o povo, e como fruto da tendência humana para as representações antropomórficas; e não diz que ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da existência da divindade, a que o homem se teria facilmente elevado através do espetáculo da ordem celeste.
8.       Aristóteles como Platão considera a arte como imitação, de conformidade com o fundamental realismo grego. Não, porém, imitação de uma imitação, como é o fenômeno, o sensível, platônicos; e sim imitação direta da própria idideiado inteligível imanente no sensível, imitação da forma imanente na matéria. Na arte, esse inteligível, universal é encarnado, concretizado num sensível, num particular e, destarte, tornando intuitivo, graças ao artista. Por isso, Aristóteles considera a arte a poesia de Homero que tem por conteúdo o universal, o imutável, ainda que encarnado fantasticamente num particular, como superior à história e mais filosófica do que a história de Heródoto que tem como objeto o particular, o mutável, seja embora real. O objeto da arte não é o que aconteceu uma vez como é o caso da história , mas o que por natureza deve, necessária e universalmente, acontecer. Deste seu conteúdo inteligível, universal, depende a eficácia espiritual pedagógica, purificadora da arte.
9.       Se bem que a arte seja imitação da realidade no seu elemento essencial, a forma, o inteligível, este inteligível recebe como que uma nova vida através da fantasia criadora do artista, isto precisamente porque o inteligível, o universal, deve ser encarnado, concretizado pelo artista num sensível, num particular. As leis da obra de arte serão, portanto, além de imitação do universal verossimilhança e necessidade coerência interior dos elementos da representação artística, íntimo sentimento do conteúdo, evidência e vivacidade de expressão. A arte é, pois, produção mediante a imitação; e a diferença entre as várias artes é estabelecida com base no objeto ou no instrumento de tal imitação.

O estado se faz, n esta pronto, segundo Aristóteles.
Enquanto a politica esta preocupado com a moral social.
A ética esta preocupada com uma moral individual, é o sujeito o individuo.
O homem é um animal político.
O fim ultimo do estado é a virtude.
E no estado o cidadão faz a prática da justiça.
Aristóteles pensa o estado o organismo moral.
O estado é a ação de vários indivíduos, o estado não é só território, o estado é o lugar onde o ser concretizado as ações dos indivíduos.
Tudo o que é animado possui alma.
A alma em Platão esta mais distante.
A alma em Aristóteles da animo ao corpo.
Platão pensava que numa só alma, essa alma era tri partida e essa tripartição da alma dava função a polis.
Aristóteles vê que cada corpo tem uma alma e que a alma tem três tipos diferentes.
Alma é o principio vital de animação, de movimento.
O homem tem a racionalidade, o pensamento.
Todos os homens para Aristóteles são dotados de alma.
A alma para Aristóteles é a animação que da movimento ao ser orgânico, alma é a forma substancial do corpo, forma do corpo.
O corpo matéria é dispersado para Platão.
O corpo é instrumento para a alma se realizar segundo Aristóteles.
O homem é e é constituído de alma e corpo, a alma é um instrumento do corpo e o corpo é movimentado da alma, um esta servido do outro.
Para Platão a alma deseja se deslocar do corpo.
Para Aristóteles tem três tipos de alma:
Alma vegetal;
Alma racional;
Alma animal.
O homem é zoonlogicom, cionalanimal racional, animal naturalmente político e animal racional.
conhecimento sensível.
Conhecimento inteligível é o conhecimento das realidades que estão no intelecto.
Para Aristóteles não esta no intelecto que não tenha passado primeiro pelos sentidos. Não temos nada na cabeça, primeiro vem o conhecimento sensitivo e depois o inteligível.
O fim da ética aristotélica é o fim de controle dos impulsos, controle dos instintos, era o meio entre os extremos, o justo meio.
A razão guia e governa os desejos.
O fim ultimo da ética,
A ética de Aristóteles é uma ética Eudaimonia.
O homem deve agir conforme a razão. Se ele deixar ser guiado pela razão ele vai ser feliz.
Não nascemos virtuosos, n somos virtuosos por natureza.
Nascemos de uma forma e os bons hábitos vão se fazendo uma segunda natureza o que vai deixando-o feliz, vai se fazendo bom, o homem virtuoso, um homem feliz.
A ética aristotélica é aquela que os meios sempre estão de acordo com o fim, e nunca ao contrário, se o fim é bom, os meios para alcançar o fim necessariamente é bom.
A virtude sempre esta no meio, a um equilíbrio.
Para Platão a ideia de deus, ou da/s divindade/s em Platão, Platão concede um deus, um uno, mas este uno é apenas um principio unificador, mas não faz nada.
O demiurgo é único, é o deus plasmado, ele plasma cora, pega uma grande massa e plasma assim surge tudo, o mundo para Platão não é criado partir do nada.
A matéria é sempre mal para Platão.
Livro XII da metafisica = o motor imóvel.
Tudo que exististe porque tem um movimento. Tudo que se move não pode ter a causa do seu movimento em si mesmo.
Movimento é eterno.
Todas as coisas nascem, crescem e morrem, é o movimento de todas as coisas.
O movimento não teve um inicio, o movimento é eterno.
Mesmo parados estamos me movimento.

Descobre que o motor imóvel é a causa de todos os movimento, e esse motor imóvel é Deus. Ele move sem ser movido.

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