Livro VI. A república de Platão
|
A politica desembarca numa metafisica do bem
|
·
Finda uma longa discussão – observei eu – é
q nós mais ou menos pusemos a claro, amigo Glauco, estas duas coisas; quem é
que é filósofo e quem o não é. Pg179-N484
·
Que aquele dentre os dois que parecer capaz
de guardar as leis e costumes da cidade; esse mesmo seja nomeado guardião. Pg179-N486
·
A mesquinhez é o que há de mais contrário a
uma alma que pretende alcançar sempre a totalidade e a universalidade do
divino e do humano. Pg181-N486
·
Uma natureza covarde e grosseira não
poderia ter parte na verdadeira filosofia. Pg181-N486
·
Jamais admitiremos uma alma sem memória
entre as que são suficientemente filosóficas, mas antes procuraremos que ela
seja necessariamente dotada de memória. Pg182-N486
·
Ensina esta metáfora àquela que se admirava
por os filósofos não serem honrados nas cidades, e tenta convencê-lo de que
seria muito mais surpreendente, se o fossem. Pg184-N489
·
Temos de observar a destruição desta
maneira de ser, como se deteria na maioria, e poucos lhe escapam, aquelas,
por conseguinte, a quem não chamam perversos, mas inúteis. Pg186-N491
·
A respeito de toda a semente ou rebento, de
planta ou animal, sabemos nós que aquele que não obtiver o alimento que
convém a cada um, ou o lugar, quanto mais ele for, tanto mais sente a falta
dessas vantagens, porquanto o mal é, de algum modo, mais oposto ao que é do que
ao que não é bom. Pg187-N491
·
Um caráter não se altera, nem alterou
jamais, nem se alterará, relativamente à virtude, tendo sido educado em
princípios opostos. Pg188-N492
·
Chamando bom àquilo que ele aprecia, mau ao
que ele detesta, mas sem ter qualquer outra razão para tanto, antes
designando por justo e belo o inevitável. Pg189-N493
·
Concordamos que a facilidade de aprender, a
memória, a coragem, a superioridade são próprias dessa natureza. Pg190-N494
·
Uma natureza medíocre jamais fará algo de
grande a alguém, seja a um particular, seja a uma cidade. Pg191-N495
·
Os que nos restam, dignos de conviver com a
filosofia, a não ser qualquer espírito nobre e com boa educação, retido pelo
exílio, e que, por falta de quem o corrompa, permanece por natureza fiel à
filosofia. Pg192-N496
·
A maneira como a cidade deve tratar a
filosofia, para não se perder. Pois tudo o que é grandioso; e é verdade, como
diz o adágio, que o que é belo é difícil. Pg194-N497
·
Quando são adolescentes e crianças, deve empreender-se
uma educação filosófica juvenil, cuidando muito bem dos corpos, em que se
desenvolvem e em que adquiram a virilidade, pois eles são destinados a servir
a filosofia. Pg194-N498
·
Aperfeiçoando o seu trabalho, olharão
frequentemente para um lado e para outro,
para a essência da justiça, da beleza, da temperança e virtudes
congêneres, e para representação que delas estão a fazer nos seres humanos,
compondo e misturando as cores, segundo as profissões, para obter uma forma
humana divina, baseando-se naquilo que Homero, quando o encontrou nos homens,
apelidou de “divino e semelhante aos deuses”. Pg197-N500
·
Basta um, que mantenha a cidade obediente,
para executar tudo aquilo em que agora não se acredita. Pg198-N502
·
E agora ousemos afirmar o seguinte: que, se
queremos guardiões muito perfeito, devemos nomear filósofos. Pg199-N503
·
O dom de aprender com facilidade, memória,
agudeza e prontidão de espírito e outros que os acompanham, bem sabes que não
se combinam naturalmente com a energia e grandeza de alma capazes de fazerem
levar uma vida sóbria, com tranquilidade e segurança. Pg200-N503
·
Para a maioria, é o prazer que se
identifica com o bem, ao passo que para os mais requintados é o saber.
Pg202-N505
·
As mesmas coisas são boas e más. Pg202-N505
·
-Nhá muitas coisas belas, e muitas coisas
boas e outras da mesma espécie, que dizemos que existem e eu distinguimos
pela linguagem. Pg204-N507
·
Dizer que é o sol, que eu considero filho
do bem, que o bem gerou à sua semelhança, o qual bem é, no mundo inteligível,
em relação à inteligência e ao inteligível, o mesmo que o sol no mundo
visível em relação à vista e ao visível. Pg205-N508
·
O que transmite a verdade aos objetos
cognoscíveis e dá ao sujeito que conhece esse poder é a ideia do bem.
Pg206-N508
·
Examina agora de que maneira se deve cortar
a seção do inteligível. Como? Pg208-N510
·
Na parte anterior, a alma, servindo-se,
como se fosse imagens, dos objetos que então eram imitados, é forçada a
investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio absoluto,
parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outo, faz caminho
só com o auxílio das ideias. Pg208-N510
|
1. A pátria do filósofo;
2. Filósofo e filodoxo;
3. A tensão entre o poder e a filosofia;
4. Apolitismo de Platão;
5. A ideia do Bem.
Comentários
Postar um comentário