1.0 Filosofia X Mito
1.1 Filosofia X Religião
1.2 Filosofia X Senso Comum
1.3 Filosofia X Ciência
1.4 Porque a arte constitui uma linguagem
na sociedade
1.5 Definição – Arte
1.6 Definição – Linguagem
1.7 Comparar – Arte e Filosofia
1.8 A contribuição da Filosofia para a
Arte
1.0 A
filosofia é uma forma de conhecimento, uma reflexão critica que procura
compreender a realidade. Já o mito é uma forma de explicação que tem validade
apenas entre os grupos culturais em que surge. Nele existem explicações fabulosas,
narrativas grandiosas que procuram ensinar as noções de virtude e valores da
coletividade que o utiliza. Não tem nenhuma vinculação obrigatória com a
verdade de fatos reais. O mito é simplesmente aceito.
Na narração mítica o que é mais importante
são os valores que ela expressa e como se tornam ensinamentos para o grupo.
A filosofia questiona, mesmo sendo verdade ou
dogma, a filosofia vai além.
Desde os
primórdios, a Filosofia, busca do saber, é entendida como um discurso racional
que surgiu para se contrapor ao modelo mítico desenvolvido na Grécia Antiga e
que serviu como base de sua Paideia (educação). A palavra mito é grega e
significa contar, narrar algo para alguém que reconhece o proferidor do
discurso como autoridade sobre aquilo que foi dito.
1.1 A
forma de conhecimento religiosa possui uma sistematização e organização aceitas
por aqueles que têm fé em determinada crença. Ela traz uma explicação para a
origem do mundo, dos homens, dos males e as normas e condutas aprovadas pelo
Criador. Dita aos fiéis quais as interpretações aceitas, os costumes que devem
ser seguidos, e por isso a religião é institucionalizada, a partir da premissa
de uma crença.
A institucionalização diferencia a religião
da narrativa mítica porque a religião é uma forma de explicar a realidade e
podemos identificar diversas manifestações dessa explicação.
Segundo alguns estudiosos a religião é um
sistema comum de crenças e práticas relativas a seres sobre-humanos dentro de
universos históricos e culturais específicos.
A
filosofia é a mãe de todas as ciências. A partir de processos empíricos de
investigação, a filosofia se propõe o desafio de explicar os fenômenos que
envolvem a existência. Foi exatamente a partir de questionamentos filosóficos
que surgiram todas as ciências, como a matemática, medicina, química, entre
outros.
1.2 Senso
comum é um conhecimento a partir de do dia-a-dia, que não exige maior
aprofundamento, investigação ou análise. É um conhecimento superficial e
imediato. Não há nenhum outro embasamento para ele que não sejam as aparências.
O conhecimento do senso comum é usado pelas pessoas por estar amparado nas
primeiras e primárias impressões. É a base para a repetição de preconceitos.
Acaba dogmatizando, não busca além das aparências.
A
filosofia é o ato de refletir sobre algo, criticando-o e encontrando métodos e
explicações científicas.
O
senso comum é o que é passado de pai pra filho, em forma de observação.
1.3 A ciência é uma forma de explicação
racional, possui e pretende ser profundada em
suas explicações. A diferença em relação ao conhecimento filosófico está
na existência de um objeto e estudo definido por parte das ciências: cada
ciência trata de uma área específica e formula as teorias que, após a
problematização metodológica, é estabelecido como critério para avaliar os
resultados das pesquisas, e para por ai, enquanto a filosofia vai além.
A
ciência e a filosofia surgem para desmistificar o mundo e as concepções até
então construídas pela religião, pelos mitos e pelo senso comum. Elas nascem
juntas para deixar de lado as metáforas e as analogias e vão usar de um
preceito básico: A demonstração através da racionalidade.
Tanto que os cientistas antes eram chamados de filósofos.
Tanto que os cientistas antes eram chamados de filósofos.
Como
também a ciência apresenta-se como um conhecimento totalmente claro e preciso
enquanto a filosofia não. Ela se caracteriza mais pela liberdade em relação a
esses preceitos que são indispensáveis na ciência.
1.4 A arte constitui uma linguagem na
sociedade porque ela é uma maneira de explicar o mundo e uma linguagem das
sociedades. É uma concepção que colabora para construir tais valores. A arte
são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento
é admirativo, nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas
de suas atividades e as privilegia.
1.5 Arte é definida como uma atividade que
manifesta a estética visual, desenvolvida por artistas que se baseiam em suas
próprias emoções. Geralmente a arte é um reflexo da época e cultura vivida.
1.6 A
linguagem é o sistema através do qual o
homem comunica suas ideias e
sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de outros signos
convencionais.
O
sentimento é, a primeira forma direta não elaborada de apreensão do mundo, a
linguagem procura sempre captar os nossos sentimentos significando-os e
classificando-os em conceitos. Se os símbolos linguísticos são incapazes de nos
apresentar integralmente os sentimentos, a arte surge como uma tentativa de
fazê-lo. Na arte, não se vê convenções explicitamente formuladas. As formas da
arte não são propriamente símbolos convencionais. O sentido expresso por uma
obra de arte reside nela mesma, e não fora. Não se pode, por exemplo, traduzir
uma obra de arte em outra, encontrando-lhe “sinônimos”, como se faz com a
linguagem.
1.7 A arte não é um símbolo, podendo mesmo ser entendida como quase um
símbolo, já que simboliza apenas e tão somente os sentimentos que existem nela
própria, não nos remetendo a significados conceituais, mas a sentidos do
universo dos sentimentos.
Já
a filosofia expressa a emoção e a razão, e questiona o sentimento.
A
arte tem uma forma de exprimir sentidos, diferente da maneira de transmitir
significados da linguagem verbal.
1.8 A arte é algo assim como a tentativa de
se tirar um instantâneo do sentir. Pois a arte é sempre a criação de uma forma
e, seja ela estática ou dinâmica, tal forma, em que se apresenta a arte,
constitui uma maneira de se exprimir um ou vários sentimentos.
A arte é uma maneira de explicar o
mundo e uma linguagem das sociedades. A arte constitui uma linguagem que
explica que extrapola a expressão racional, sistemática e comunica-se com
outras linguagens.
A filosofia acaba sendo essa arte,
num lado mais filosófico a arte faz
parte da filosofia.
Comentários
Postar um comentário