Karl Barth - Pensamento Cristão

Para Hegel a revelação e Deus é a mesma coisa:
Para Schelling a revelação e Deus não é a mesma coisa:

Usa o termo ruptura para indicar o impacto da obra divina do homem:
Deus não é somente interrupção, mas é rompido,  há uma crise de todas as forças .
Deus é absolutamente outro.

Deus que se revela - o Deus da revelação é o Deus da ruptura da continuidade postulada pelo triunfo da ideia , crise de todas as potências.

Deus se revela mais continua outro, outro do objeto puro, Ele não se mistura
Deus permanece Deus.

Deus é o outro, a alteridade, Ele se revela e se comunica com o outro, Deus como objeto puro não se mistura, Ele se revela, se comunica mas não se mistura.

Diferença - Hegel -  Deus é obrigado a revelar-se.
Barth - Deus se revela livremente e continua sendo outro, não cria identidade com o revelado, continua sendo outro.
Quando se fala em objeto puro é retomado Kant.
Aplica o pensamento de Kant à religião e à teologia.

O tempo e o espaço existem e são a priori, são dois objetos a priori da sensibilidade, entes da experiência, portanto como são dados antes da experiência são objetos puros, assim como a matemática porque é dada a priori.
Para que exista conhecimento é preciso que tenha sensação e intuição da razão.

Para Barth o objeto puro é Deus:
Chega-se a Deus através da revelação, o Deus se revela historicamente em espaço e tempo mais não se mundaniza, não se mistura.
Deus continua sendo objeto puro, continua sendo Deus, outro.

Para Hegel o espírito que evolui.
Para Barth é o romper com a linha de continuidade.

Diferença da revelação em Barth, Hegel e Schelling:
Schelling Deus é condenado eternamente a liberdade, não avança, fica no revelar-se da pessoa do filho;
Hegel Deus é eternamente condenado ao revelar-se;
Barth parte de Deus e volta a Ele
Em Hegel - Identidade =  revelação e o revelado é a mesma coisa

Karl Jaspers
Existencialista

Revelação da palavra e do silêncio:
Toda palavra é gerada  do silêncio, é colocando dentro do dialeto da dríade, silêncio, palavra e verdade.
Silencio divino corresponde do silêncio humano.
Através do silêncio se compreende Deus.

O Silêncio é o Pai, a origem, Deus;
A Palavra é o filho;
A verdade é o espírito que faz compreender o Filho e leva a Deus.

Preciso do silencio que gera o Filho, deus se revela no silencio, gera o Filho que faz compreender Deus e tudo isso é compreendido pelo Espírito, Ele faz com que se compreenda todo o mistério.
A fé nasce através da escuta, e essa escuta só é possível quando a palavra é proferida.

O silencio que gera a palavra que novamente gera o silêncio, não se prende na palavra.
A revelação se dá através do silêncio palavra e silêncio.

Não fica preso a palavra.
Acolhida da palavra que é escuta e obediência deve sempre transcender-se.

A fé filosófica garante uma liberdade para chegar a verdade da revelação.
Deus se revela na palavra mais se oculta no silêncio, é transcendente.
Tem que haver o diálogo de fé revelada e fé filosófica, assim garante a transcendência.

Distinção entre os símbolos da revelação e as cifras:
Os símbolos estão relacionados a fé revelada, através dos símbolos me leva ao transcendente
As cifras estão relacionadas a fé filosóficas, a fé filosófica utiliza das cifras para chegar ao transcendente

A fé revelada vai ter símbolos, os símbolos remetem a Deus
As cifras é uma linguagem do homem evoca, puxa a transcendência (as cifras não tem a função de adoração, de contemplação)
Na fé revelada é Deus que se revela ao crente
Na fé filosófica não existe revelação de Deus empírica, se manifesta indiretamente ao homem

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