JOSÉ SORIANO DE SOUSA
José
Soriano de Souza nasceu na Paraíba, em 15/09/1833 e faleceu em Recife, 12/08/1895. Graduado e
doutor em Medicina, pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1860, também se
graduou e se tornou doutor em Filosofia na Universidade de Lovaina, na Bélgica.
Foi
Cavaleiro da Ordem
de São Gregório Magno, do Vaticano, professor
Catedrático de Direito Público e Constitucional da Faculdade de Direito do
Recife, onde também lecionou Direito Natural e Direito Romano, havendo sido
ainda professor de Filosofia do Ginásio Provincial de Pernambuco, da mesma
capital.
Souza
também se dedicou ao jornalismo, fundando e dirigindo, na capital pernambucana,
os jornais católicos A Esperança (1865-1867) e A União (1872-1873).
Algumas
de suas obras são:
Ensaio
Médico-Legal (1862);
Compêndio
de Filosofia, ordenado segundo os princípios e métodos do Doutor Angélico, S.
Tomás de Aquino (1867);
Lições
de filosofia elementar, racional e moral (1871);
Considerações
sobre a Igreja e o Estado, sob o ponto de vista jurídico, filosófico e
religioso (1874);
Elementos
de Filosofia do Direito(1880);
Apontamentos
de Direito Constitucional (1883);
Princípios
Gerais de Direito Público e Constitucional (1893).
LEONEL FRANCA
Leonel
Edgard da Silveira Franca (São
Gabriel, 6 de
janeiro de 1893 — Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1948) foi um sacerdote católico e professor brasileiro.
Entrou
para a Companhia
de Jesus em 1908,
ordenando-se sacerdote em 1923.
Foi então para Roma, onde
doutorou-se em teologia
e filosofia na Universidade
Gregoriana.
De
volta ao Brasil, foi professor do Colégio
Santo Inácio (Rio de Janeiro). Lecionou história da
filosofia, psicologia
experimental e química no Colégio
Anchieta, em Nova
Friburgo.
Foi
membro do Conselho
Nacional de Educação em 1931 e vice-reitor do Colégio
Santo Inácio (Rio de Janeiro). Teve papel destacado na fundação da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro e foi, também, seu primeiro
reitor. Em 1947 recebeu
o Prêmio
Machado de Assis.
Algumas
de suas obras são:
Noções
de história da filosofia, de 1918;
Apontamentos
de química geral, de 1919;
A
Igreja, a Reforma e a Civilização, de 1922;
Pensamentos
espirituais, publicada postumamente em 1949.
LUÍS
WASHINGTON VITA
Luís Washington Vita
nasceuna capital paulista a 23 de Março de 1921. Concluiu os cursos de
filosofia e de direito, respectivamente na Universidade de São Paulo e na
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Exerceu a advocacia e ingressou no
magistério superior em São Paulo.
Juntamente com Miguel Reale,
concebeu uma coleção dedicada à história das ideias no país e outra que deveria
reunir a parcela fundamental da obra de nossos principais filósofos. A par
disto, com a tenacidade que sempre o caracterizou, bateu-se pela introdução da
disciplina Filosofia no Brasil nos cursos de filosofia. Tendo falecido
prematuramente, a 28 de Outubro de 1968, aos 47 anos de idade, seu legado foi
assumido por representativo grupo de estudiosos que tem conseguido levar a bom
termo o programa que imaginou para a definitiva preservação das tradições
filosóficas nacionais. Sua obra tem duas dimensões fundamentais: difundir a filosofia;
interessar as pessoas no seu conhecimento. E, segundo, documentar a existência
da filosofia brasileira.
No primeiro caso, não estava
de posse de uma proposta unitária. Guardou grande fidelidade à filosofia de
Ortega y Gasset mas adotou muitas ideias da fenomenologia, sobretudo na feição
que Max Scheler buscou atribuir-lhe. Inteiramente incompatibilizado com a
Revolução de 64, chegou mesmo a simpatizar com a tese posta em circulação por
Sartre de que o marxismo seria a filosofia de nosso tempo. De todos os modos,
tomando a sua obra em conjunto deve ser filiado à Escola Culturalista e este
era francamente o seu desejo. Foi nessa condição, basicamente, que se debruçou
sobre o pensamento brasileiro e o fez explicitando algo de subjacente ao
culturalismo desde Tobias Barreto, isto é, a crença na capacidade das ideias de
influir sobre o meio e de aguçar o nível de exigência moral da
intelectualidade. Tinha para ele grande relevo a noção de consciência
histórica, a que se chegaria pela compreensão (assimilação) do passado,
assimilação que não deveria tornar-se meramente subjectiva, mas ativa para
incorporar-se ao presente a fim de “melhor preparar o futuro”. Assim, a análise
da meditação filosófica nacional tinha porobjetivo desvendar-lhe o sentido,
impondo-nos uma tomada de posição. Semelhante visão da Filosofia acha-se
igualmente nos textos de cunho didático que completam e iluminam a sua obra de
historiador.
Por tudo isso, a noção de
cultura é capital para Luís Washington Vita. Aponta-lhe três dimensões, a
saber:
a) o processo de atividade humana que se
objectiva nos bens (espírito subjetivo);
b) a vida humana objetivada,
que constitui o orbe dos objetos culturais (espírito objetivo); e,
c) as relações entre os espíritos subjetivo e
objetivo.
Comentários
Postar um comentário