Ética em Jean-Jacques Rousseau


1.    A ÉTICA EM ROUSSEAU


Jean-Jacques Rousseau (28 de Junho de 1712, Genebra - 2 de Julho de 1778, Ermenonville, perto de Paris) foi um filósofo suíço, escritor, teórico político e um compositor musical autodidata. Uma das figuras marcantes do Iluminismo francês, Rousseau é também um precursor do romantismo (LUCCA).
As ideias políticas de Rousseau tiveram grande influência nas inspirações ideológicas da Revolução Francesa, com o desenvolvimento das teorias Liberais, e com o crescimento do nacionalismo.
Sua herança de pensador radical e revolucionário está provavelmente melhor expressada em sua mais célebre frase, contida em O contrato social: «O homem nasce livre, porém em todos lados está acorrentado».
Inspirados nas ideias de Rousseau, os revolucionários defendiam o princípio da soberania popular e da igualdade de direitos.
A contestação da sociedade tal como estava organizada foi tema do ensaio Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens (1755), em que se vê a desigualdade e a injustiça como frutos da competição e da hierarquia mal constituída.
Rousseau é associado frequentemente às ideias anticapitalistas e considerado um antecessor do socialismo e comunismo. Foi um dos primeiros autores modernos a atacar a propriedade privada. Rousseau questionou a suposição de que a maioria está sempre correta e argumentou que o objetivo do governo deveria ser assegurar a liberdade, igualdade e justiça para todos, independentemente da vontade da maioria.
A ética rousseauniana. “Tudo é certo em saindo das mãos do Autor das coisas, tudo degenera nas mãos dos homens”; Rousseau contrariamente mostrará que é nesse estado de natureza que importa retomar, pois na sociedade é que está o perigo: ela incita o indivíduo ao luxo, às riquezas e à vaidade (a evolução social corrompe o homem) (GOMES).
No estado de natureza, em princípio, Rousseau afirma que não há perversão original e, na verdade, seus primeiros movimentos e necessidades são todos retos. Ou seja, as primeiras paixões são instrumentos de liberdade e conservação e tentar aniquilá-las é querer reformar a obra de Deus; Modificações acontecem nas primeiras paixões quando se vive em sociedade; se aprende conhecimentos supérfluos e se aspira valores futuros. Longe de serem vantajosas, são nocivas e fazem o homem se pôr em contradição consigo mesmo. Essa contradição é sofrimento, e na concepção de Rousseau, a felicidade consiste em um estado negativo: quanto menos o homem sofre, mais feliz ele é.
Por isso, Rousseau afirma que para alcançar a felicidade, é necessário, o quanto antes, exercitar o bastar-se a si mesmo; “renunciar a liberdade é renunciar à qualidade de homem” e, portanto, sujeitar-se a um outro escravo, é ser escravo duas vezes (IDEM).


BIBLIOGRAFIA




GOMES, A. (s.d.). Ética de Jean Jacques Rousseau. Acesso em 22 de Setembro de 2014, disponível em https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080529120905AADe2nX

LUCCA, F. d. (s.d.). Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau. Acesso em 22 de Setembro de 2014, disponível em http://pt.slideshare.net/FelipedeLucca/conhecimento-tica-e-justia-rousseau

                           


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