José Adson Albuquerque
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| José Adson Albuquerque. Acadêmico do 3º de Filosofia |
Quando se fala de “maquiavélico” e de política, logo lembramos da política no Brasil, e principalmente nesses últimos dias, que os políticos vêm sendo desmascarados. No livro “O príncipe”, Maquiavel separa toda e qualquer influência ética, moral e religiosa, já que o poder deve ser conquistado, podendo ser utilizado de qualquer meio, e esses valores não os ajudariam para manter-se no poder. “Os fins justificam os meios”, então, para manter-se no poder, não importa o meio que o político deva usar.
Analisando a política atual, vemos o escândalo da Petrobrás, do mensalão, a atual política que encontra o país hoje, é totalmente “maquiavélica”, os políticos mentem para manter-se no poder, roubam de maneira sórdida, fazem de tudo para manter-se no poder, usam da retórica para persuadir, mas não cumpre, fica só no discurso. O que parece é que os políticos têm como “livro de cabeceira” “O príncipe” de Maquiavel.
A política é antiga, vem dês dos “tempos de outrora”, e no nosso país, vemos que tudo o que está acontecendo hoje, é reflexo do que estava sendo antes, nos governos passados, a diferença é que nos outros governos, os políticos não estavam sendo desmascarados como está hoje. Percebe-se que é algo de antes, não é coisa nova.
Segundo a obra de Maquiavel, a conduta do governante deve ser sempre de acordo com a situação, ou seja, o governante deve agir de acordo com o que está acontecendo no momento, se a situação exigir que minta, logicamente que ele vai mentir, ou se exigir que ele dê propina para alguém para ele manter-se no poder, assim ele fará. Maquiavel escreveu esse livro em 1513 e publicado em 1532 e parece que foi publicado neste século, pelo que estamos vendo na política atual.
O governante tem que manter sua autoridade, independente do que ele faça para isso, a única coisa que ele não pode ser é odiado. Na política o que vemos é alianças políticas que na teoria seria impossível juntarem os poderes, mas em meio a política e para manter-se no poder, fazem aliança. Mas uma coisa que fica claro em meio as alianças políticas, fica a rivalidade, e Maquiavel deixa claro que todos são inimigos, diz ser leal, mas desconfia de todos.
O ser humano é corruptível segundo o pensamento de Maquiavel expresso na obra, com isso, seus desejos sempre vão sobrepor, vai sempre se corromper quando seus desejos “falarem mais alto”. É o que está sendo presenciado hoje, colocando como exemplo a corrupção na Petrobrás, sempre que tiver o desejo e uma oportunidade de roubar, eles vão roubar, sem hesitar, assim o fará.
E por fim, em meio a tudo que foi explanado, Maquiavel traz uma problemática de que o governante deve sempre fazer o mal de uma só vez, e o bem aos poucos, pois, o povo esquece do mal que foi feito e lembrará sempre do bem, pois este foi feito aos poucos. O povo tem a memória curta, parecendo peixes, que chegam a ter apenas quatro segundos de memória, e depois esquecem de tudo. Tem eleitor que não lembra de qual candidato votou na última eleição, e se não lembra do seu próprio candidato, lembrará muito menos dos feitos dele. Fazendo assim justa a frase maquiavélica “política pela política”.
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