A metafísica até Immanuel Kant

A modernidade vai ter suas raízes na filosofia escolástica, na sua terceira faze, na faze do declínio da escolástica.
A filosofia se torna epistemologia - ciência que busca desvendar o conhecimento. A filosofia que é a ciência primeira que busca delimitar o conhecimento.

Roger Bacon (Sec. XIII-XIV) - tenta unir todos os avanços da física, astronomia, óptica + teologia cristã
     Neo-platônica - Agostiniana + Boaventuriana
A revelação é como um punho, uma mão fechada, e cabe ao filósofo, ao teólogo abris essa mão, desvelando todo o mistério velado, que é repleto de luz.
Embora a razão seja iluminada, o conhecimento não é a priori, o conhecimento parte da sensação.
A razão capta as luzes do objeto.
O conhecimento deve conter a exatidão e clareza dos fatos. Roger Bacon da assim o pontapé inicial ao pensamento de René Descartes.

Guilherme de Okcham - "A essência da existência é a sua própria essência".
Não existe o universal, o que existe é o homem singular, ele mesmo existindo na sua facticidade, no seu mundo (não se multiplica o ser sem necessidade - Navalha de Okcham).
O ser é unívoco.

*Francisco Suarez
*Duns Scoto

Epistemologia/conhecimento -  Racionalismo|
   Empirismo     |-> Substância - Monismo única substância - Idealista/Materialista/Neutro
  Dualismo - Cogito/Extensa
Substância é o todo de uma coisa, é a essência de uma coisa.

Francis Bacon (sec. XVI)
Instauratio Magna
"Método": materialismo, geometria
"Novum organon" - novo método

*Leonardo Da Vinte (Artista)
*Galileu Galilei (Físico)
*Keppler (Matemático)
*Copérnico

Modernidade
Antes o pensamento era sempre pensamento de alguma coisa.
Na modernidade o pensamento é sempre pensamento em si.
Na modernidade só se tem experiência empírica ou transcendental, fora disso não há experiência.
Toda experiência deve unir intuição + sensação
A intuição é dada pelo intelecto

Transcendente: Eu pensante

A metafisica busca as causas de todas as coisas que estão para além da física, que se chega depois a um princípio primeiro, a uma causa suprema. O objeto da metafísica é um objeto objetivo, um objeto que vejo de fora, é a ciência que analisa o ser, o objeto é esterno, aquilo que está para além do físico.
A metafísica é a ciência que estuda as causas e os princípios de todas as coisas, e as causas e os princípios de todas as coisas estão além da física.
Ontologia é estudo do ser enquanto ser, é o estudo da categoria ser. Não é o ser na sua objetividade, é o  ser na sua subjetividade, é o ser como é compreendido pelo sujeito, é um ser unívoco para Scoto e Okcham.
O objeto da metafísica - ser enquanto ele é causa e princípio de toda as coisas. Estuda aquilo que está para além do físico. Aquilo que faz um homem ser homem não é o acidental, o físico, o que faz o homem ser homem é sua essência, o homem enquanto animal racional, sua alma. A metafísica se ocupa do ser no mundo, ser real, que é além do físico, mas é no mundo.
A ontologia é o estudo do ser enquanto ser, mas não ser enquanto real ao que está para além da física no sentido objetivo, mas é o estudo do conceito ser. Não o estudo do que é o ser, mas o estudo enquanto categoria. Torna-se uma filosofia essencialista. Não se ocupa em dizer o que é na realidade. A ontologia se ocupa do ser enquanto pensado, enquanto objeto do intelecto. Se ocupa do ser na mente, na razão, enquanto conhecido pelo sujeito.

Enquanto a metafísica é uma filosofia da existência, usa um método intuitivo, a metafísica considera aquilo que é existente, a ontologia torna-se uma filosofia essencialista, usa um método dedutivo, a ontologia considera aquilo que é pensado.

Immanuel Kant - Tenta relacionar racionalismo e empirismo com a filosofia transcendental, ao afirmar que o conhecimento nasce da sensação e racionalista ao afirmar que existem as condições a priori que possibilitam conhecimento.
O kantismo é agnóstico pois nega a possibilidade do conhecimento estrito da realidade última (noumeno: a coisa me si).
Racionalismo: Ideias inatas --> A priori
Empirismo: Sensação --> A posteriori
As ideias inatas são condições de possibilidade do conhecimento, que está na razão. Para que a razão possa conhecer algo, tem que existir algo antes do conhecimento. Não existe intuição desprovida de sensação.

A filosofia de Kant se ocupa no ente, é a filosofia do conhecimento. A filosofia transcendental é uma ciência que determina as condições de possibilidade do conhecimento.

A filosofia kantiana tem o nome de filosofia transcendental.
As quatro perguntas kantianas:
O que eu posso conhecer? - Cartografia do conhecimento

O que eu devo fazer?
O que eu esperar?
O que é o homem?

A filosofia de Kant é uma cartografia da mente.

Sensação--> é a realidade segundo o sujeito, para mim. É aquilo que eu sinto.
Fenômeno--> como a coisa aparece para o sujeito, como a coisa manifesta ao sujeito.

Kant não está propondo a questão do ente particular para chegar a seu aspecto universal. O que ele está fazendo é tendo a impressão do objeto na mente, a impressão do objeto no sujeito, ou o sujeito que tem a impressão do objeto nele mesmo. Tendo uma representação. A sensibilidade é uma condição que temos de sentir as coisas, a sensibilidade é anterior a sensação, ela é a priori.
A sensação tem algo que é a priori e elementos que são a posteriori.

A filosofia como as ciências (matemáticas e físicas) deve se fundamentar nos juízos que não sejam não somente SINTÉTICOS e nem somente ANALÍTICOS, mas JUÍZOS SINTÉTICOS A PRIORI.
Tribunal da razão - juízos-->sentenciar-->"é"
É próprio da razão julgar, dizer o que é. Para Kant, a razão que é como um tribunal, ela tem juízos, que são sintéticos e analíticos.

Tipos de conceito.
O que são juízos sintéticos?
O juízo sintético acrescenta algo ao conhecimento. Une duas realidades desconhecidas, e então faz-se algo novo. Mas só pode unir as duas realidades, tendo a experiência particular como cada uma das realidades, e este tipo de conceito só pode ser a posteriori.
Conhecimento analítico: não acrescenta nada ao conhecimento. É um conhecimento a priori. São próprios da geometria.

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