Esquerda hegeliana

Esquerda hegeliana: K. Marx, Feuerbach, Nietzsche e Freud.
Mestres da suspeita - ateísmo teórico (Feuerbach, Nietzsche, Freud) e prático (comunismo).

Marx - Trabalha uma revolução política, de um povo (proletariado) que é oprimido. Critica a forma do capital, onde o patrão visa o lucro e quem trabalha de forma escrava é o proletariado. Critica a religião, pois esta aliena o povo.
Nietzsche - Trabalha a crítica da metafísica, propondo uma realidade totalmente física, explicada pelos sentidos, por algo que é empírico. Crítica a cultura e a civilismo, principalmente no que diz respeito a religião.
Feuerbach - Trata o problema da religião, ele reduz a religião e a teologia à antropologia. Os segredos mais ocultos do homem está na natureza corporal, na sensibilidade e em sua necessidade. Ele afirma que é necessário conceber Deus como uma criação do homem, da mesma forma que a religião (acredito que aí é o pontapé do pensamento de Nietzsche quando propões a morte de Deus).
Freud - Trabalha a fragilidade do eu (ego), mostrando uma realidade na vida psíquica. A pulsão sexual, trabalhando a sexualidade como um possível explicador de nossos traumas, explicando o princípio da relação dos homens com eles mesmos.

Esquerda hegeliana:
  • Crítica a ideia (a ideia que se apresenta ora como Razão Absoluta, Eu Absoluto, Espírito Absoluto), o que existe é a realidade concreta, o homem no seu contexto social. É uma proposta de retorno a realidade.
  • Materialismo; antropocentrismo; psiquismo
  • Nietzsche
  1. História metafísica é um erro;
  2. Rompimento com o dualismo (mundo sensível x mundo inteligível);
  3. Niilismo - advento da nova civilização;
  4. Vontade de potência - forças vitais (orgânico-inorgânico);
  5. Eterno retorno do mesmo;
  6. Transvalorização dos valores - valores humanos.
Toda a história metafísica é uma história de um erro. Propõe um rompimento com o dualismo. Eles são considerados mestres da suspeita pois desconfia da razão, com a esquerda hegeliana, há uma suspeita e até mesmo uma negação do poder da razão. Propõe um novo jeito de fazer filosofia, uma filosofia guiada pelos sentidos, guiada pela razão. Esse rompimento do dualismo, vai ser proposto por Nietzsche com a ideia do niilismo. O niilismo em Nietzsche é a proposta de um advento da nova civilização. Ele propõe a filosofia do martelo, para destruir todo edifício da filosofia ocidental. A nova civilização de Nietzsche, deve ser uma civilização pautada pela vontade de potência, a vontade de potência são forças vitais. Tudo que existe no mundo, existe com dotado de uma força vital, como vontade de potência. Tudo que existe, existe em constante advento, isso é, vontade de potência. Vontade de potência é passar do instinto ao racional. Propõe uma cultura, uma civilização marcada pelos valores humanos. Ele critica o cristianismo porque eles criaram uma realidade celeste, e isso Nietzsche não admite, pois seria voltara ao mesmo dualismo que Platão caiu. O cristianismo tira do ser humano aquilo que é próprio dele, coloca o ser humano para voltar ao seu estado inicial, fazendo com que ele regrida, deixa de ser o que é natural do homem. Nietzsche propõe que ele seja ele mesmo, sem farsa, sem outro ser que o aliena. O cristianismo desumaniza o homem, por isso ele propõe o niilismo, nada da cultura ocidental, uma nova realidade deve surgir, e essa nova realidade deve ser marcada por aquilo que é próprio do homem. O cristianismo colocou Deus no lugar do  homem, deixou de ser Deus assumiu o lugar do ser humano.

  • Karl Marx
  1. Ideia - relação de trabalho (senhores x proletário);
  2. Dialética marxista;
  3. Ópio do povo - alienação (religião);
  4. Teoria política.
Contra o idealismo, Marx vai dizer que a ideia é resultado da relação de trabalho. Toda ideia é resultado, é produto da relação de trabalho, entre senhores e escravos/senhores e proletários. É natural a luta de classes, que é a superação da classe inferior para a classe superior. Propõe a passagem de escravos para senhores, essa passagem é chamada de dialética marxista, que é a superação de um estado para alcançar outro estado. A filosofia nada transforma, o que transforma a realidade é a política, as ideias, os argumentos, a razão, elas tende a alienar as pessoas, a religião, a metafísica, a filosofia, é considerada ópio do povo. O que transforma o mundo é o agir, agir no mundo, isso transforma o mundo. A grande obra dele (O capital) é uma proposta de uma nova ideia para colocar o  modelo capitalista, o homem é alienado no trabalho, pois o produto que o homem produz não é seu, mas é para ser vendido, ou seja, não é seu. No trabalho ele trabalha para receber, para ter sua recompensa material, Marx propõe um novo modelo para a sociedade que é colocar tudo em comum, criando o comunismo. A metafísica não cabe em Karl Marx, ele propõe uma nova teoria que leva para a prática.

  • S. Freud
  1. Consciente - inconsciente;
  2. Futuro de ilusão.
Proposta para o retorno ao homem, o homem para Freud é o homem comporto por duas realidades, a realidade consciente e a realidade inconsciente, mas é o homem concreto, não o homem idealizado, metafísico, mas o homem visto, o homem concreto, é o homem que se mostra, fala de si. O ser humano para Freud é uma realidade aqui e agora. O homem marcado pelo consciente e inconsciente é o homem concreto. Para Freud, o homem é como um iceberg, que se mostra apenas uma ponta, todo o resto é o inconsciente, tudo que é vergonhoso, reprimido é jogado para o inconsciente. No inconsciente estão as repressões sofridas, estão as pulsões, aquilo que é próprio nosso embaixo do subconsciente, o que não é valor em nós devemos esconder. No resto do iceberg está também as repressões, os traumas, tudo é guardado no inconsciente, o que temos no consciente é mínimo em relação ao inconsciente. Os sonhos, os atos falhos, tudo isso está no inconsciente que joga para fora. O ser humano é comporto de três dimensões ego, que é o homem em si mesmo, que tem consciência de si, pode até tentar ser outra coisa, mas tem consciência de si, te também o superego que é o opressor do ego e o "id" que está no subconsciente, ele nega o eu (ego).

  • Feuerbach
  1. A essência do cristianismo - teologia=antropologia;
  2. Superlativação do humano projetado no divino.
A religião é criada para tentar fazer o homem diferente, só que o eu é para projetar num ser ilusório tudo aquilo que é idealizado pelo homem. O homem cria Deus e a religião pois vê-se necessário para uma nova projeção do homem, uma fazer uma reformulação do homem.

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