1. Ser e tempo:
retorno à questão do Ser a partir da existência - do ente Dasein - ontologia
fundamental.
2. Segundo Heidegger
(1935), "Kehre" (reviravolta)
- A existência humana dá lugar ao ser;
- Physis = "natureza" = "dinamismo" = ser é verdadeiro/ verdade desvelar;
- Identidade e diferença - todo ser que foi pensado como identidade, levou dota a filosofia ao esquecimento do ser.
- Poesia = respeita o ser na sua essência;
- Técnica = "fazer" = ser;
- Retorno do Sacro.
Heidegger faz uma
apresentação da compreensão da verdade: verdade é "desvelar". A
verdade é o fato.
A filosofia e a
cultura ocidental, primou pela concepção de verdade latina, e essa concepção
levou ao esquecimento do ser. Pois, o ser foi pensado não como verdadeiro, o
ser não foi pensado como verdadeiro, a metafísica encobriu o ser, pois este foi
pensado como algo estático, tirou do ser todo o movimento.
Pensar o ser como
identidade - o ser-é-ser. Heidegger propõe: o ser é "nada".
O nada em Heidegger
não significa uma identificação como vazio, mas o ser como nada, é a
possibilidade do ser, e possibilidade absoluta. O ser é desvelamento eterno, o
ser é evento, é um eterno acontecer, é nada daquilo que eu defino como
conceito, o ser está para além dos conceitos, está para além das coisas
físicas, o ser é nada em relação aos conceitos, o ser é nada em relação as
minhas ideias, o ser é nada daquilo que eu apreendo.
Na segunda faze de
Heidegger, ele se propõe em resgatar o ser no seu aspecto genuíno, como ele
apareceu no início da filosofia.
Com Heidegger nasce
então a proposta de desconstrução, ele pega o conceito nietzschiano do martelo,
enquanto Nietzsche propõe destruir, Heidegger propõe desconstruir. Esse
processo é chamado de desconstrução da metafísica, que é retorno ao ser na sua
origem. Proposta de superação da metafísica, desconstrução para superação.
A poesia é a
linguagem que respeita o ser na sua essência, a poesia é a linguagem mais
adequada pra falar do ser, pois a poesia é sempre aberta, é uma obra de arte e
uma obra de arte aberta. A poesia deixa o ser, ser ser.
Era da técnica, o
ser vem escondido pelo fazer. É a era que o ser vem substituído pelo fazer. A
técnica não é arte, pois, quando o artista se propõe a fazer uma obra, ele se
coloca na obra, o mundo é colocado na obra, a obra de arte, remete para um
universo totalmente novo, enquanto a técnica é o fazer que aliena, não jogando
no outro mundo, mas me torna uma máquina que trabalha sem saber porque
trabalha, o homem se torna uma máquina que tem que produzir.
Qualquer tentativa
de identidade (uniformidade, tornar tudo o mesmo), é a filosofia ou a
metafísica da violência, é fazer violência, não deixar o outro ser outro. Todas
as vezes que se tenta romper a diferença, acontece ai violência.
Deus está morto, e
nós nem sentimos falta dele. Heidegger propõe o retorno ao sacro. O sacro é um
espaço para que o Sacro possa se manifestar, antes que os deuses voltem. E o
Sacro entende-se como Deus ou como aquilo que é religioso na sua pureza, se
propõe um espaço do meu mundo, da minha mentalidade, do meu modo de pensar, é
preciso mudar a mentalidade, modificar esse espaço onde Deus está morto, criar
uma nova mentalidade para que o Sacro possa voltar. Aproveitar o tempo do
ateísmo, para repensar o Sacro de forma diferente.
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