Pensadores da linha heideggeriana

Jean-Paul Sartre (1905-1980):
Existencialismo de Sartre - O Ser e o Nada.
Faz distinção do ser-Em-si (todas as coisas) e do ser-Para-si (homem).
O Em-si é o corpo o Para-si é a consciência.
Sou condenado a ser livre, e a liberdade me obriga a escolher.
O homem se faz e se faz a partir das suas escolhas.
Angústia - quando o homem se depara com a possibilidade, ele se angustia. É a estreiteza da possibilidade. O homem tem toda possibilidade e escolhe.
A angústia vem por meio da liberdade, é pela liberdade que escolhermos.
O Nada faz parte do ser do homem. Tudo que é é ser e nada do que é é ser.
O Nada e o Ser, são duas realidades que compõe a existência humana. O homem é nada na medida que ele não tem uma identidade, aqui somos vazios, temos uma consciência, temos um conhecimento que está se fazendo, uma existência que está se fazendo, nós somos nada.
A existência precede a essência, pois ele é existente, pois, enquanto existente a essência está sendo construído.
Fazer metafísica é analisar o ente, a análise da existência humana é a metafísica, o Ser e o Nada faz parte da metafísica, o ser é o nada, o nada de definido, o ser não tem definição, o ser não é constituído. O ser é nada em relação a tudo aquilo que foi pensado como essência, o ser é nada em relação a tudo aquilo que foi pensado como absoluto, o homem se faz, não tem nada de estabelecido.

Ontologia hermenêutica: H. George-Gadamer.
Livro: Verdade e Método (analisa a situação da verdade, como a verdade é compreendida e o método de como se chegar a verdade).
Na metafísica o que deve ser visto é a finitude, a historicidade do ser humano. Finitude e historicidade do ser humano é a união entre eu e o mundo que é dada na linguagem.
"O homem é o pastor do ser" (Heidegger). É no homem que devemos buscar o ser, é nele.
Na linguagem, há uma compreensão prévia do ser. Para Gadamer, não tem pensamento sem linguagem e nem linguagem sem pensamento. Tudo que nós pensamos, vem quando se torna objeto da linguagem (quando falamos). Quando pensamos o ser e vamos comunicar o ser, estamos fazendo algo que é natural do ser, o ser que vem para a linguagem. A clareza do ser (hermenêutica) é interpretação do ser que se mostra na linguagem, o ser que se mostra na linguagem.
História é a manifestação do ser na linguagem, é como o ser se mostrou na linguagem, toda a história da filosofia é a história de como o ser se mostrou na linguagem.
O conceito de verdade em Gadamer, é o conceito heideggeriano de verdade enquanto desvelamento.

Merleau-Ponty - Síntese "Sagrado e o Profano".
Não existe a coisa que é só profana e a coisa que é só sagrada. O que existe é a interpretação do profano e do sagrado.
O profano e o sagrado em nós, pois sintetizamos em nós, temos o profano e o sagrado em nós, é indissolúvel. As coisas sagradas são feitas de coisas profanas, há uma indissolubilidade entre profano e sagrado.
Da mesma forma que são inseparáveis: sujeito e objeto; sensível e inteligível; imanente e transcendente; corpo e espírito. Há então esse caráter indissolúvel, são realidades unidas.
A ontologia vai ser a análise e a memória da realidade corporal, isto é, uma filosofia da carne. Assim como o espírito se faz carne, a alma é carne e a carne é alma, pois não existe alma sem corpo e corpo sem alma, assim também se dá na filosofia, não tem mais a separação que de um lado está o sujeito e no outro está o objeto, tem apenas uma realidade, o que há é uma análise.

Filosofia da des-construção da metafísica:
A filosofia ocidental foi esquecimento do ser, pois pensou o ser como ente, e ao pensar o ser como ente, a filosofia acabou escondendo o ser. Então vem a proposta de desconstrução da filosofia.
O filosofo que propõe a desconstrução é Jacques Derrida.
Nos Estados Unidos o filósofo que aparece com a mesma proposta é Richard Rorty. Ele propõe o fim do fim da metafísica, não um cancelamento da filosofia de Kant, mas o cancelamento de toda a filosofia para assim chegar ao ser na sua origem.
Se o ser foi contemplado de vários pontos, então não existe mais uma filosofia perene.

Pensamento "débil" (fraco):
  • Giam Vattimo
Há um ultrapassamento, que é dar um salto no vazio. Não existe uma verdade absoluta

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