Aspectos literários do Pentateuco


As ciências da Bíblia é mais a exegese e a hermenêutica.
A hermenêutica busca entender, a partir do texto, o sentido do texto. Consegue entender o texto.

Os elementos textuais do Pentateuco.
As narrações do Pentateuco exemplificam o que sucede ao povo quando cumpre ou não a Lei dada por Deus.
Torá = Lei = instrução = Dom - é dada ao povo num contexto de libertação.
A lei é a única garantia do povo de libertação total, a lei é um código de instrução.
A lei torna o povo virtuoso, torna o povo santo.
No deserto Deus dá a Lei, ela é dada no início da caminhada do povo hebreu no deserto. O Pentateuco dá todo o processo histórico em que é dada a Lei.
A Lei é dada num momento especial ao povo, exatamente depois da libertação do povo das mãos do faraó. Deus dá a Lei no momento em que o povo está começando sua saga em busca da terra prometida.
Essa Lei que é dada no início do trajeto, ela deve orientar ao povo no trajeto e também lá na terra em que o povo está a caminho, sem a lei, o povo volta a escravidão.

Interrupções de narração:
O fluxo normal de um evento narrado é interrompido pela repetição narrativa desse mesmo evento, ou por interpolações realizadas pelos redatores seguintes.

Duplicatas:
Duas narrativas contanto a mesma história, um exemplo claro disso é a narrativa da criação em Gênesis, também o dilúvio, a passagem do Mar Vermelho.
Diversidades de nomes próprios: nomes de deus, nomes de montes, nomes de cidades, etc.

Os textos em que os objetos sagrados são todos nominados, geralmente são sacerdotais, pois, são os sacerdotes os responsáveis pelos templos.
O estilo dos textos sacerdotais é mais seco, criteriosos e técnicos.

A parte narrativa do Pentateuco praticamente coube aos javísta e aos eloístas.
Como que o javísta e o eloísta, fazem uma trama bem-feita, expõe o espaço das ações.

Javísta:
No javísta há muita vivacidade nas narrativas.
Os personagens vivem mais drasticamente.
O Deus javísta é mais acessível.
O grande foco da história Javísta é a promessa. Deus aparece próximo do homem.
Não tem Javísta no levítico nem em números.
Tema da promessa, questão do mal, pecado original, patriarca.

Eloísta:
É mais moral, menos psicológica, geralmente Deus aparece em forma de sonho.
O Deus eloísta é mais transcendente e menos acessível.
Espiritualidade de Deus, impossibilidade de ver Deus, Deus manifesta-se em sonhos.
Menos antropomórfico, a ideia de Deus é mais abstrata. O grande tema do Eloísta é a questão da aliança.
Aparece pela primeira vez no cap. 15 de Gênesis.

Deuteronomista:
Reino do Norte na cidade de Samaria por volta de 700 a.C.
É o núcleo original do deuteronomista, a parte central do Deuteronômio tinha o Deuteronômio primitivo.
Guardar os mandamentos.
Povo escolhido. A promessa se torna condicionada, impõe uma condição.
Deus ciumento, unidade do santuário.
Josué até o fim dos Reis.

Sacerdotal:
Sacerdotes exilados de Jerusalém. Destinado a preparar a terra santa.
Exílio da Babilônia.
Sec. VI.
Capítulo primeiro do Gênesis.
Salienta as alianças de Deus com o homem (aliança com Noé, Abraão, Moisés).
Aliança e leis.
Levítico 1-7; 11-16; 17-23 é o grande código legislativo de Israel.

O primeiro capítulo de Gênesis é sacerdotal.
O segundo capítulo é javísta.
Dois estilos antagônicos.

Perspectivas teológicas.
Javista - sec. VIII - questão das promessas
Começa no início do mundo até chegar em Abraão.
Eloísta - concentra-se no tema da aliança
O Deuteronomista - sec. VII - tema da eleição, apresenta uma teologia da palavra de Deus.
Sacerdotal - sec. VI - Trabalha a questão da aliança, com Abraão que diz respeito ao povo de Deus.

A primeira característica para fazer uma diferença entre o texto bíblico é o nome de Deus.
Javísta = Senhor
Eloísta = Deus.
  • Nome de Deus;
  • Antropomorfismo.

Gn 1-11: a origem do universo; do homem; do pecado; Abel e Caim e o primeiro homicídio; o Dilúvio; a Torre de Babel (Pré-História de Israel).
Gn 12-50: a origem e a história de Israel: do chamado de Abraão até a história de José (os Patriarcas).
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Parenética: ético exortativo, código de ética, moral.
Cap. 8 Gn. Conclusão do episódio do dilúvio.

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