Responsabilidade Moral e Virtudes



Responsabilidade moral

Fontes da moralidade:
Finis Operis - objeto: o que?
Finis Operantis - fim: porque?
Circunstância - tudo o que está em todo dos anteriores.

Existe um ato do homem e um ato humano, o ato que somos responsáveis são os atos humanos, porque nesse ato temos inteligência, vontade e liberdade, o ato do homem são os atos instintivos, e isso não temos responsabilidade.
Três princípios para que alguém pudesse imputar (responsabilizar): o agente poderia prever que aconteceria o efeito negativo, poderia evitar a ação, deveria evitar.

Princípio da totalidade:
Permite escolher um mal físico. As partes estão sujeito ao todo, para o bem do todo posso sacrificar as partes. Só vale para o mal físico. Não precisa estar doente, mas apenas um risco.

Princípio de imputabilidade:
Princípio de duplo efeito
  • Ação de duplo efeito: eu faço uma ação, porém, junto com as consequências boas, tem também consequências ruins que são involuntárias.
  1. O objeto da ação tem que ser bom ou indiferente.
  2. Efeito negativo não é o fim ou a intenção da ação (não tenho que ter desejado o fim negativo).
  3. O efeito negativo não pode ser o meio para alcançar o efeito positivo.
  4. Proporção dos resultados da ação: os efeitos positivos devem ser maior que os negativos.
  5. Ultima ratio: não há outra possibilidade que não essa.
O princípio de duplo efeito não obriga a realizar a ação, só permite se ela quiser.
Absoluto moral: o objeto da ação é sempre ruim.

Proporcionalismo: se minha ação tem mais efeitos negativos que positivos, ela é boa, se tem mais efeitos positivos, é boa.
É uma corrente imoral e utilitarista.

Cooperação ao mal
Cooperação formal - é sempre intencional, é sempre ilícita.
Cooperação material - não intencional. Colabora fisicamente com o mal, não conhece e não aprova, não há intenção, não há uma livre iniciativa.
Cooperação material:
Direta/imediata - ajuda o outro a realizar uma ação má.
Próxima/remota - proximidade da minha colaboração à ação imoral do outro.
Necessária/não necessária - cooperação é necessária se o outro não pode dispensá-la para cumprir a ação imoral.

Princípio do mal menor:
É lícito escolher o mal menor? O mal físico sim, pois se trata de uma ação boa que causa algum efeito negativo.
O mal moral não, em nenhuma circunstância.
É lícito tolerar o mal menor? É possível tolerar em consideração a um bem superior ou para evitar um mal pior.
É lícito aconselhar o mal menor? Não é lícito aconselhar o mal moral, mesmo que seja em vista de um fim ulterior bom.

Paixões, emoções e sentimentos
O que são as paixões? São reações, movimentos espontâneos da sensibilidade, emocionais, não racionais, mas também não contrários a razão.
As paixões são boas pois busca-se agir com facilidade, com prazer e são também expressões da pessoa de como é.
O homem virtuoso não age pelo sentimento, mas com o sentimento.

virtudes
O modo de eu me habituar com deus deve ser natural, de modo com que preciso tomar uma decisão
  • A virtude é uma disposição habitual e firme em fazer o bem.
Pela virtude nos habituamos a fazer o bem.
A virtude te torna conatural ao bem. O bem faz parte da natureza.
O vício é um ato operativo mal, se repete naturalmente o ato.
A virtude ajuda a educar a minha liberdade.
A pessoa virtuosa não age pelo instinto

Virtudes naturais ou adquiridas: virtudes humanas, são adquiridas sob o empenho do homem, sempre sob o impulso divino.
Intelectuais - ciência, sabedoria, arte.
Morais - prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Virtudes cardeais: a prudência ajuda a discernir o bem e os meios, direciona para o bem aquilo que vai ser praticado; justiça é a vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido, dá a cada um o que é seu; a fortaleza dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem; a temperança modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados.
Virtudes sobrenaturais: dada por Deus, são as virtudes teologais.
Fé: crer em Deus e em tudo o que Ele nos revelou, e que a Santa Igreja nos propõe para crer.
Esperança: a virtude pela qual eu desejo aquilo que Deus me prometeu, o céu confiando nele.
Caridade: virtude pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a si mesmo, por amor a Deus.

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